Cândido Ferreira
Cândido Ferreira licenciou-se com distinção em Medicina, em Coimbra, em 1973.
Em 1976, eleito Diretor e Administrador do Hospital de Pombal, aí realizou reconhecida obra. Entre 1978 e 1982, foi monitor da cadeira de Nefrologia, nos HUC.
Em 1980, frequentou um curto estágio em Lyon na área dos transplantes, que abriu caminho à primeira colheita de órgãos de cadáver em Portugal, tendo também sido o único médico que, sob a direção do Prof. Linhares Furtado, participou na primeira transplantação bem-sucedida, em Portugal.
Especialista em Nefrologia com a nota máxima, foi fundador do Colégio de Especialidade da Ordem dos Médicos.
Em 1982, instalou em Leiria uma das primeiras clínicas privadas de hemodiálise e, mais tarde responsável pela criação, direção e gestão de várias outras, dirigiu pessoalmente mais de um milhão e duzentas mil sessões de hemodiálise.
Pioneiro em diversas técnicas e no tratamento de diabéticos insuficientes renais, assegurou sozinho, durante 25 anos, a maior consulta da sua especialidade em todo o país, a única em que nunca existiu lista de espera.
Entre 2004 e 2006, assinou os primeiros acordos de colaboração científica em Portugal. Integrando ensaios com empresas reputadas, um deles mereceu, no Congresso da Sociedade Internacional de Nefrologia, em 2009, em Londres, e na NDT, a principal revista europeia da especialidade, a distinção de “melhor trabalho do ano”.
Em 2012, a empresa que fundou e dirigiu foi considerada a “melhor do Distrito de Leiria”, por um júri internacional do “Semanário Região de Leiria”. Entre 2009 e 2014, várias auditorias consideraram a sua Clínica de Leiria como referência mundial, tendo recebido inúmeros visitantes de diversos continentes.
Organizador de uma dezena de encontros entre médicos, em Leiria, participou ainda em muitos congressos. Em 31 de dezembro de 2017, decidiu encerrar a sua carreira médica tal como a iniciou, em serviço na urgência, na clínica que dirigia.
No exercício de atividades profissionais privadas ligadas à Saúde, sempre recusou cobrar honorários aos doentes e nunca concorreu a qualquer apoio oficial. Da sua intensa atividade médica extraiu vários contos e três livros já publicados.
Cidadão do mundo, desde sempre ligado ao mundo empresarial, às artes, à cultura e à ciência, e com tantas áreas por explorar, em 2020 sentiu-se obrigado a voltar a “vestir a bata branca”, tendo publicado um invulgar conjunto de textos sobre a atual pandemia. Expondo os seus contornos mais obscuros de uma crise à escala planetária, foi deste seu esforço, que deve ser entendido na esfera da cidadania, que extraiu mais este livro.